O caminho de taxi foi até tranquilo, mesmo com o taxista fazendo qualquer coisa para olhar os meus peitos. Por falar neles, nunca agradeci tanto pelos suportes no biquíni, pois mesmo com eles, quando pegamos uma estrada de terra os melões balançaram tanto que eu tive que cruzar os braços para mantê-los menos rebeldes. Silvia reparou e ainda soltou uma piadinha. “É bom segurar a mercadoria mesmo, Silvinha...”
A feirinha no meio de uma cidade histórica, ainda estava lá. Andar no meio de toda aquela gente naquele corpo, foi uma experiência e tanto, eu podia sentir os olhares masculinos sobre meu corpo e me sentia tão pequeno.
Chegamos até o local onde Silvia disse que tinha comprado a estátua, mas ela não achou a vendedora. Eu comecei a me desesperar, mas Marília resolveu perguntar para a barraca ao lado enquanto Marcos já discutia com meu corpo.
Marília descobriu que a mulher da barraca vinha dia sim e dia não. Desesperado por não querer passar mais um dia naquele corpo, perguntei aonde a vendedora morava para descobrir após umas 4 ou 5 entrevistas com vendedores locais que ninguém sabia muito bem.
“Bom, eu sugiro voltarmos para o hotel e aproveitarmos o dia, amanhã resolvemos isso.” Silvia disse após uma trégua na discussão com Marcos.
“Não... eu...” Tentei protestar.
“Faz sentido, pelo menos sabemos que a mulher vai estar aqui amanhã, por hoje é isso que conseguimos.” Marília disse logicamente.
Marcos respirou fundo e fez uma cara de derrota. Silvia parecia radiante, conquistara o que queria, passar o dia no meu corpo. O problema é que isso significava eu passar o dia no corpo dela. Aguentando aqueles malditos seios e meu tamanho reduzido.
Ainda era antes do almoço quando voltamos para o hotel.
“Eu vou para o quarto, não vou participar dessa maluquice.” Marcos disse assim que desceu do taxi.
“Ótimo! Faça o que quiser, nós vamos pra praia! Aproveitar esse solzão e esse dia lindo.” Silvia disse com uma certa birra feminina que ficou bem estranha no meu corpo.
“Eu também não quero ir pra praia não...” Eu disse menos revoltado que Marcos, mas ainda assim certo de que não queria me divertir naquele corpo.
“Você que sabe, mas você vai aguentar aquele poço de mau humor no quarto com você?” Marília disse me mostrando um lado que eu ainda não havia enxergado. Realmente ficar com Marcos trancado no quarto talvez fosse pior do que sair por aí de biquíni. “Além disso estamos de férias, é só um dia, você pode aproveitar as coisas assim também, já discutimos isso, ser mulher não é o fim do mundo.” Ela continuou o sermão.
“Eu sei, eu sei, mas mesmo assim, será que não posso ficar no nosso quarto?” Disse ainda mais desanimado.
“Não! Agora aquele é meu quarto e eu não vou deixar!” Silvia gargalhou. “Você vai sim com a gente pra praia! Lembre-se que sem você por perto, eu posso esquecer de qual corpo estou e , quem sabe, rebolar bastante, desmunhecar, paquerar homens... posso ser beeeeem gay...”
Acabei de biquíni sentado numa cadeira de praia ao lado do casal que antes eu fazia parte. Logo que chegamos, as garotas pediram caipirinhas e aquilo acabou me animando um pouco, um drink parecia ser exatamente o que eu estava precisando para enfrentar aquela maluquice toda.
Eu tinha pelo menos levado um livro e pude me distrair bastante me inserindo na história e esquecendo todo o resto a minha volta. Claro que Silvia e Marília às vezes me tiravam do transe para me incluir em algum assunto banal, mas tudo estava indo bem, confesso, mesmo com o biquíni me incomodando, até que Silvia teve uma epifania e resolveu que queria jogar futebol. Tinha um grupo se organizando pra isso e ela disse. “Acho que vou testar esse corpo! Vou lá jogar... Seu corpo é bom nisso, Lucas?”
“Silvia, isso não é uma boa ideia, você disse que se eu viesse…” Eu tentei censurá-la, mas ela me cortou.
“Eu disse que não iria te envergonhar, e quem disse que eu vou? Vou ser o craque da pelada, você vai ver. Se você não quer aproveitar essa troca de nenhuma jeito. Eu quero, vou experimentar tudo que eu não poderia fazer como mulher… Você devia era fazer o mesmo, ao invés de só ficar resmungando.” Ela disse já se retirando.
Eu olhei para Marília que riu. “Deixa ela, você não pode dizer que ela não tem um ponto.”
Eu suspirei e voltei para minha leitura, mas antes olhei para ver meu corpo conversando com os outros caras, pedindo para se juntar ao jogo. Bom, uma coisa eu tinha que admitir, a Silvia não tinha nenhum problema com timidez e até que estava se portando de forma razoável ali no meu corpo, às vezes dava uma recaída feminina, mas nada que comprometesse muito.
Marília estava tomando sol de costas e eu já novamente absorto na minha leitura quando o pior aconteceu. Dois caras ousados resolveram nos abordar. Os dois pareciam ser bem mais jovens que eu, pelo menos minha idade real, e vestiam bermudas longas e coloridas. Estavam sem camisa e, vai, até estavam em forma e eram bonitos. Um de cabelo mais comprido e outro de cabelo raspado.
“Olá, as senhoritas estão sozinhas?” Um deles, o cabeludo, perguntou e eles já foram sentando ali perto da gente.
Eu abaixei meu livro e apenas os olhei irritado. Marília se virou e foi mais educada, sorriu e disse: “Não, meu marido está ali jogando bola.” Ela mostrou a aliança no dedo.
“Ah mas e essa beldade aqui?” O careca se levantou e se aproximou de mim com um enorme sorriso no rosto que me deixou quase em choque. Beldade? Eu não sabia o que responder, foi minha própria esposa que teve que dispensar um homem que me xavecava, aquilo estava passando dos limites.
“O marido dela está no hotel, ela também é casada.”
“Ora, mas eu é que não deixaria uma mulher tão linda assim sozinha.” Ele insistiu, eu sentia minhas bochechas arderem.
“Ele estava indisposto, e isso, na verdade, não é da sua conta.” Marília, meu cavaleiro em resgate, disse enquanto eu queria apenas sumir dali.
“Nossa, desculpa aí. Não precisa ficar nervosa.”
“Tá desculpado, agora vocês poderiam deixar a gente em paz?” Marília disse controlando a situação.
O careca ainda parecia querer insistir até que o outro também se levantou e o tocando no ombro falou enquanto eles se retiravam. “Relaxa cara, essas aí devem estar naqueles dias... a outra nem falar fala...”
Marília me olhou, eu devia estar com uma cara péssima, porque ela simplesmente gargalhou.
“Isso... isso não teve graça nenhuma.” Eu disse incomodado.
“Discordo, isso foi hilário, você não sabia o que fazer. Tá vendo o que a gente tem que passar?” Ela riu mais.
E eu fiquei pensando em todas as vezes que eu também abordei mulheres desse jeito.
“Topa mais uma caipirinha?” Ela ofereceu.
“Sim, mais do que nunca, isso foi... isso foi bizarro...” Eu disse pra ela cair na gargalhada e eu sorrir também.
Silvia voltou com o meu corpo molhado de água do mar. “Vocês deviam dar um mergulho, a água tá ótima!”
“E como foi o jogo, maridão?” Marília brincou.
“Foi puuuuura diversão! É divertidíssimo jogar essa coisa. Não sei se os meus companheiros de time gostaram tanto de mim, mas...” Ela riu.
Eu sacudi a cabeça negativamente.
“O Lucas aqui também não se saiu muito bem no esporte do flerte, não...” Marília provocou.
“Marília!” Eu tentei censurá-la, mas já era tarde. Tivemos que contar toda a história do embaraçoso xaveco, enquanto meu rosto gargalhava e se divertia.
“Vocês deviam ter me chamado, eu viria aqui e quebrava a cara daqueles dois!” Silvia disse e fez uma pose que mostrava meus músculos. Ela encerrou a conversa de um jeito tão engraçado que até eu ri. Bom, isso também poderia ter sido por causa das caipirinhas, naquele momento, eu já estava começando a terceira e ficando cada vez menos tenso e mais solto.
A verdade é que o álcool acabou realmente deixando a situação um pouco menos desconfortável. Quando voltamos para o hotel tínhamos bebido caipirinhas o suficiente para estarmos bastante sorridentes. Bom, eu estava bastante bêbado, afinal já passavam das três da tarde e eu tinha apenas bebido.
Eu estava brincando junto com elas e sorrindo tão solto que até provoquei alguns jovens perto da piscina do hotel que me secavam com os olhos. Propositalmente parei de costas pra eles e ajeitei meu pequeno shortinho. Deu até pra ouvir o cochicho deles e eu confesso que naquela hora nem me senti mal.
Claro que Silvia adorou aquilo. “É isso aí! Aproveita... gostosa!” Ela disse e deu um tapinha na minha bunda quando voltei a encontrá-las. Daquela vez eu apenas sorri e continuei andando rebolando para o deleite das duas.
Combinamos de tomar uma ducha e nos encontrarmos no saguão para almoçarmos.
Chegando no quarto, vi Marcos deitado na cama assistindo televisão.
“Eu... eu vou tomar um banho e depois sair pra almoçar... você... você.. vem?” Eu disse congelado pela recepção dele que mal desviou o olhar da televisão.
“Já disse que não vou participar dessa palhaçada, porra!” Ele disse mau humorado.
Não sei se foi o álcool ou minha paciência que realmente havia se esgotado.
Provavelmente uma mistura dos dois. O fato é que daquela vez eu respondi. “Olha aqui cara, eu também não queria nada dessa merda. Quem tá com peitos aqui sou eu!” Eu agarrei meus dois melões. “Quem tem que mijar sentado e usar biquíni sou eu! Você taí com seu corpo certinho e ainda fica me agredindo a todo momento e agindo como se tudo fosse o fim do mundo. Na boa, vai se foder... tenho pena da Silvia que tem que aguentar um mala desses!”
Terminei meu chilique e entrei no banheiro sem nem saber qual foi sua reação.
Como eu mesmo havia profetizado, tirei o short e a parte debaixo do biquíni para sentar e fazer xixi. Pensei “Queria que fosse ele tendo que fazer isso.”
Tirei a camiseta e me olhei no espelho, completamente nu e sozinho pela primeira vez. Eu tinha um corpão. Meus seios eram um pouco grandes demais talvez, mas eu era impecável. Cintura fina, quadril largo. Minha pele ainda estava meio queimada do sol, não tinha como não admitir que eu era uma tremenda gostosa.
Segurei meus seios com vontade e senti uma espécie de calorzinho percorrer meu corpo. Eu sabia. Eu estava ficando excitado, até pensei em parar, mas estava gostoso demais. Podia novamente colocar a culpa nas caipirinhas, e a verdade é que comecei a massagear aqueles melões no meu peito e a me olhar no espelho. Via aquela gostosa se tocando, não dava pra acreditar que era eu.
Comecei a sentir o calor tomar conta do meu corpo e uma umidificação aparecer entre as pernas, eu sabia muito bem que aquilo era um equivalente a ficar de pau duro. Eu sei que devia ter parado, mas não foi o que aconteceu, eu comecei a passar minhas mãos pelo resto do meu corpo, até chegar no meio das pernas. Coloquei minha mão direita em cima dos meus lábios vaginais e soltei até um gemido de susto. Foi nessa hora que resolvi abrir o chuveiro para Marcos não desconfiar de nada e voltei para o espelho para observar a gostosa se tocando, para me observar.
Voltei a colocar a mão ali e já estava tudo bem molhado. Comecei então a esfregar meus lábios vaginais enquanto apertava meus seios com a outra mão. Involuntariamente, eu comecei a gemer e a me esfregar com mais força. Eu nunca tinha sido mulher, mas eu não era burro e modéstia a parte um amante bem competente, sabia como tratar daquilo. Por isso fui atrás do meu clitóris. Não foi difícil encontrá-lo e quando dei por mim eu estava ali gemendo e o estimulando com o dedo.
O mais estranho foi quando eu comecei a sentir vontade de que algo entrasse ali. Eu sentia um vazio. Droga, resolvi jogar tudo pro alto e enfiar meu dedo ali. A sensação era incrível, eu não queria mais parar.
Sentei na privada e abri minhas pernas buscando um jeito mais confortável de me masturbar. Não demorou muito para eu ter dois dedos ali dentro e eu já estava tendo que me controlar pra não gemer muito alto.
Fiquei por ali um bom tempo, me auto penetrando com os dedos, esfregando meu clitóris, apalpando meus seios. Eu imaginava Silvia no espelho se tocando, as mãos de Marília dentro de mim, agarrando meus seios, por mais que me envergonhe, cheguei a ter a imagem do meu próprio pênis na cabeça e, droga, até Marcos povoou aquela minha insanidade sexual.
Minha cabeça era uma baita confusão em transe sexual. Só voltei a mim mesmo quando finalmente explodi em um incrível orgasmo que parecia que não ia acabar mais. Enfiei três dedos lá dentro e me esfreguei como um maluco, sentia meu corpo todo se contorcer. Foi uma baita experiência.
Completamente sem fôlego, mas me sentido leve como uma pluma, finalmente entrei no chuveiro. Assim que as gostas me tocaram, comecei a me envergonhar de tudo, desde a ajeitada no shortinho, até a explosão com Marcos e, principalmente, essa sessão sensual no banheiro. O que estava acontecendo comigo? Pensei. É tomar umas caipirinhas e virar uma vadia?
No banho ficou ainda mais nítido que minha pele era muito mais sensível como mulher, eu podia sentir cada gota tocar meus seios. Eu resolvi me ensaboar rápido para tentar não levantar nenhuma suspeita em Marcos. O problema foi o cabelo, deu muito trabalho lavá-lo. Ainda que eu sabia que tinha que passar shampoo duas vezes e depois o condicionador. Sempre vi Marília fazer isso e resolvi repetir. Foi quando entendi porque ela demorava tanto no banho, realmente dava trabalho.
Quis me matar quando percebi que não levei roupas limpas para o banheiro, eu teria que sair envolto em toalha e Marcos estava lá fora. Bom, não que ele nunca tivesse visto esse corpo nu, mas pra mim, comigo aqui dentro seria a primeira vez.
Tentei secar o cabelo com a toalha o máximo que deu, então me lembrei daquele negócio que a Marília fazia, peguei uma segunda toalha e montei uma espécie de turbante na cabeça.
A primeira toalha enrolei no corpo cobrindo dos meus seios até o fim da minha bunda. Fui saindo do banheiro vagarosamente, morrendo de vergonha por estar daquele jeito e pela minha explosão. Mas quase pulei de alegria quando não vi Marcos por ali, ele parecia nem estar mais no quarto.
Isso me deixou bem mais a vontade para escolher a roupa que usaria. Ao vasculhar as coisas de Silvia, ficou ainda mais claro o estilo dela. Só tinham calcinhas pequeninas e coloridas, com rendas ou desenhos. Escolhi uma branca que apesar de bem pequena era a mais básica. O sutiã que escolhi também era branco, mas cheio de rendas.
Para a parte debaixo, também tive problemas, eram apenas mini saias, shortinhos justos, calças de lycra e um jeans que era tão pequeno que parecia que nunca caberia em mim. Vesti um short jeans, o mais comprido que achei. Pra parte de cima, peguei uma blusinha verde lisa, mas com os ombros meio bufantes.
Nós pés coloquei as mesmas sandálias e me assustei muito, quando vi que já eram mais de quatro e meia. Eu ouvia meu estômago roncar enquanto saía do quarto para ir ao saguão.
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